O surgimento da pop art e sua expansão dentre os artistas norte-americanos, no final dos anos 50 e na década de 60, além de assumir-se como uma resposta à exarcebação do gesto e do emocional proposto pelo expressionismo abstrato, coloca uma questão até então inédita no contexto das artes visuais: a relação entre experiência estética e cultura de consumo.
Apropriando-se do imaginário da sociedade de consumo que se instala no ocidente a partir do final da Segunda Guerra, em especial as benesses vendidas pela publicidade, as celebridades midiáticas e as experiências oriundas do cinema, da cultura pop e da televisão, essa corrente artística (que revelou nomes como Lichtenstein e Warhol) ressiginificava uma série de elementos e conceitos até então vigentes nas artes visuais – vide as paisagens urbanas/midiáticas, as ruas repletas de outdoors e automóveis luxuosos, as intermináveis prateleiras de supermercado, todas essas substituindo as pinturas de paisagens tradicionais; ou ainda as naturezas-mortas do pós-guerra, repletas de produtos industrializados e colagens de réplicas sintéticas dos alimentos outrora retratados nas tradicionais pinturas dos séculos anteriores.
A apropriação da lógica industrial de reprodução de imagens (como o silk-screen, por exemplo), ou de estéticas pop industriais (quadrinhos, programas de tv, anúncios publicitários, estrelas do cinema e da música) assume-se como uma então inusitada recriação da idéia de ready-made duchampiano, bem como recoloca o questionamento sobre o ofício do artista e dos limites da arte sob uma nova perspectiva.
Ao mesmo tempo apologia e crítica sobre a lógica de consumo e de seus prazeres prometidos, o movimento artístico se situava numa ambígua posição, repleta de ironia e questionamento.

Textos estudados: “Arte pop” (pág. 3 a 45), de David McCarthy.
Texto complementar: trechos da revista “Bravo! 100 objetos do design mundial”(posições 1 a 10 do Ranking).
Apropriando-se do imaginário da sociedade de consumo que se instala no ocidente a partir do final da Segunda Guerra, em especial as benesses vendidas pela publicidade, as celebridades midiáticas e as experiências oriundas do cinema, da cultura pop e da televisão, essa corrente artística (que revelou nomes como Lichtenstein e Warhol) ressiginificava uma série de elementos e conceitos até então vigentes nas artes visuais – vide as paisagens urbanas/midiáticas, as ruas repletas de outdoors e automóveis luxuosos, as intermináveis prateleiras de supermercado, todas essas substituindo as pinturas de paisagens tradicionais; ou ainda as naturezas-mortas do pós-guerra, repletas de produtos industrializados e colagens de réplicas sintéticas dos alimentos outrora retratados nas tradicionais pinturas dos séculos anteriores.
Texto complementar: trechos da revista “Bravo! 100 objetos do design mundial”(posições 1 a 10 do Ranking).
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